domingo, 10 de novembro de 2013

Glândula Paratireoide
 
As glândulas paratireoides, também conhecidas como glândulas paratireoides, são quatro pequenas glândulas endócrinas, que medem cerca de 3 x 6 mm, com peso total de, aproximadamente, 0,4 gramas.  Elas têm a função de regular o metabolismo do cálcio e do fósforo, e consequentemente têm importante ação na formação e na manutenção de todas as estruturas ósseas do corpo humano. Possuem uma coloração amarelada e localizam-se mais comumente na face posterior da tireoide, nos polos superiores e inferiores da glândula, geralmente na cápsula que reveste os lobos da tireoide, embora algumas vezes se situem no interior da glândula. Há a possibilidade também de serem encontradas no mediastino, próximo ao timo. Esta última localização se deve ao fato de as paratireoides e o timo se originarem de esboços embrionários muito próximos.
Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo. Dessa cápsula partem trabéculas para o interior da glândula que são contínuas com as fibras reticulares que sustentam os grupos de células secretoras.
 
O parênquima da paratireoide é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos. Há dois tipos de células na paratireoide: as principais e as oxífilas.  As células principais são as predominantes e são menores, de forma poligonal, têm núcleo vesiculoso e citoplasma fracamente acidófilo; estas células são secretoras do hormônio das paratireoides, o paratormônio.
Na espécie humana, as células oxífilas aparecem por volta dos sete anos de idade e a partir daí aumentam progressivamente de número. São poligonais, porém maiores do que as principais, e seu citoplasma contêm muitos grânulos acidófilos que ao microscópio eletrônico se revelam serem mitocôndrias com numerosas cristas. A função dessas células ainda não foi elucidada.
 
O paratormônio é uma proteína com massa molecular de 8.500 Da. Ele se liga a receptores em osteoblastos, sendo este um sinal para estas células produzirem um fator estimulante de osteoclastos que aumenta o número e atividade dessas células, promovendo assim a reabsorção da matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2+ no sangue. Por outro lado, o aumento da concentração de Ca2+ suprime a produção de hormônio da paratireoide. A calcitonina produzida na glândula tireoide também influencia os osteoclastos, inibindo tanto sua ação de reabsorção de osso como a liberação de Ca2+, diminuindo a concentração deste íon no plasma e estimulando a osteogênese, tendo, portanto, ação oposta à do paratormônio.
Além de aumentar a concentração de Ca2+ plasmático, o hormônio da paratireoide reduz a concentração de fosfato sanguíneo. Este efeito resulta da atividade do paratormônio em células dos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de fosfato e aumentando sua excreção na urina. O paratormônio aumenta indiretamente a absorção de Ca2+ no trato digestivo, estimulando a síntese de vitamina D, que é necessária para esta absorção. A secreção das células paratireoides é regulada pelos níveis sanguíneos de Ca2+.
 
 
Alecsandro Rodrigues
 
 

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